Meu pet está com câncer! O que devo fazer?
Caso o veterinário clínico esteja suspeitando que seu pet esteja com câncer, é importante agendar uma consulta com um veterinário que atue especificamente com oncologia (veterinário especializado em animais com tumores). Durante a consulta, o veterinário especializado em oncologia irá perguntar sobre o histórico do animal (se já teve outros tumores, outras doenças, etc), examiná-lo e talvez seja necessária a solicitação de novos exames para complementar o diagnóstico. Vai ser explicado aos responsáveis pelo paciente o diagnóstico da doença, as possíveis evoluções e comportamento do tumor e as opções de tratamentos disponíveis.
Quais são as possibilidades de tratamento para meu pet com câncer?
Cirurgia
A cirurgia é a terapia de eleição nos casos de tumores. É a melhor forma de se obter a cura do animal, e sempre quando possível ela é a primeira indicação de tratamento.
O cirurgião oncológico está preparado para tentar obter margens seguras, ou seja, tentar remover o máximo de tecido possível para evitar que esse tumor recidive (volte). Para isso, é necessário o uso de técnicas de cirurgia reconstrutiva (reparação plástica).
Quimioterapia
Modalidade de tratamento sistêmico, ou seja, que atua em todo o organismo do paciente. São usados medicamentos orais ou injetáveis, dependendo de cada protocolo. A quimioterapia é o tratamento de eleição para os tumores hematopoiéticos (de sangue), como leucemias, mielomas e linfomas. O tratamento quimioterápico pode ainda ser utilizado para tentar conter alguns tumores de causar metástases (ou seja, de se disseminar para outros órgãos).
Tipos de quimioterapia:
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Quimioterapia adjuvante: modalidade utilizada após o procedimento cirúrgico. Os objetivos são evitar recidiva (volta do tumor no local da cirurgia) e para evitar metástases (que o tumor se espalhe)
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Quimioterapia neoadjuvante: modalidade utilizada antes do procedimento cirúrgico. O objetivo é diminuir o tumor para conseguir removê-lo cirurgicamente.
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Quimioterapia paliativa: modalidade utilizada quando a cirurgia não é mais possível. O objetivo é qualidade de vida, apenas diminuir os sintomas do tumor para o paciente viver melhor. Exemplo: o paciente possui vários tumores no pulmão, e esses tumores acabam causando efusão (líquido dentro do tórax) - A quimioterapia pode minimizar a produção desse líquido fazendo com que o paciente consiga respirar melhor.
Imunoterapia
Uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico a tentar combater as células tumorais. Um bom exemplo para essa modalidade de tratamento é o uso de vacinas para combater o melanoma, uma neoplasia que costuma ser imunogênica (ou seja, que é sensível ao estímulo do sistema imune).
Eletroquimioterapia
Utilização da eletroporação associada à quimioterapia (intra-tumoral ou intra-venosa), para combater alguns tumores de pele ou orais. A eletroporação é a criação de poros (aberturas) nas membranas celulares através da aplicação de pulsos elétricos de alta voltagem em um curtíssimo intervalo de tempo. Através desses poros, alguns quimioterápicos com baixa solubilidade conseguem penetrar a membrana celular mais facilmente e conseguir agir dentro das células tumorais.
Criocirurgia
Tratamento através da congelação. Utilizada em alguns tumores de pele, ocorre a destruição dos tecidos através da baixa temperatura normalmente através do nitrogênio líquido. O nitrogênio líquido a -196°C provoca o congelamento das lesões reduzindo a temperatura e consequentemente destruindo o tecido acometido. A aplicação usualmente é realizada ou por meio de um spray que borrifa um jato de nitrogênio líquido diretamente na lesão, ou por meio do congelamento de ponteiras encostadas no local a ser tratado.
Tratamento de dor
Tipo de terapia paliativa, onde não há possibilidade de cura e o objetivo é dar qualidade de vida ao animal, disponibilizando em quanto é possível o controle da dor e a manutenção de suas necessidades normais (como comer, por exemplo).